História
A história desta raça remonta provavelmente ao séc. XVI e esteve desde sempre ligada ao pastoreio das ovelhas. O Komondor é, aliás, considerado o Rei dos cães pastores, já que possui características únicas como cão de guarda. É um cão grande, autoritário e independente, capaz de aguentar climas adversos.
A sua origem é incerta e alguns autores apontam para a possibilidade de ter sido trazido pelos Magiares, ainda antes da fundação da Hungria como Estado-Nação.
Em 1920 foi definido o standard que estabeleceu as distintas características da raça, que desde então passou a participar em exposições do género.
Ao longo dos séculos, a sua criação foi-se expandido pela Europa apesar de, comparativamente com outras raças, nunca ter sido muito expressiva. Foi, no entanto, igualmente afectada pela II Guerra Mundial, já que se observou um declínio evidente no número de exemplares desta espécie aquando do conflito. Em 1937, a raça foi oficialmente reconhecida pelo Kennel Club Americano, mas, durante aquele flagelo, o distanciamento político entre os EUA e a Hungria fez cessar a importação desta raça para aquele país. Na Europa, o número de exemplares desta espécie não chegou sequer a uma centena, situação que só se reverteu a partir dos anos 80.
Atualmente, esta raça goza do reconhecimento generalizado, apesar de ainda ser relativamente raro observá-la em exposições. Como animal de estimação, ainda desempenha o papel de cão de guarda e companhia.
Descrição
O Komondor é um cão com um porte admirável, por alguns considerado intimidante: a altura na cernelha pode atingir, nos machos, os 63,5 cm e, nas fêmeas, os 58,5 cm; pesa entre 36,3 a 68 Kg.
A sua pelagem branca é uma característica única neste espécie, já que todo o corpo está coberto por uma manta encordoada de pêlo denso e, normalmente, pouco brilhante. O seu comprimento varia entre os 15 a 27 cm e normalmente o subpêlo é macio, em contraste com a camada externa de pêlo.
É dotado de uma cabeça curta em relação à largura e de um chanfro bem definido. Os olhos amendoados são castanhos escuros e as orelhas, de tamanho médio, estão sempre pendentes e não reagem às diferentes situações. Possui um peito largo, que adivinha uma construção robusta e uma ossatura imponente. É um cão com bastante força e com uma bonita postura, proporcionada em parte pelo nivelamento do seu dorso.
Temperamento
O Komondor é um cão fiel, dócil e que possui um apurado instinto de proteção da família e do lar. Este é um cão talhado para ser cão de guarda, pelo que é aconselhável ter cuidado com as presenças estranhas, uma vez que pode ter reações agressivas se pressentir alguma forma de perigo.
Em casa, é um animal calmo, silencioso e independente. Dada a sua proporção e força, é necessária uma educação firme para que se torne obediente. O ideal será educá-lo enquanto pequeno e, caso existam crianças pequenas, fomentar a aproximação de ambos. Apesar de viverem bem em apartamentos, estes cães necessitam de praticar muito exercício físico.
Observações
O Komondor é uma raça com uma esperança média de vida entre os 10 e os 12 anos, dotada de uma excelente robustez física mas propensa a algumas doenças. Entre estas destacam-se: a displasia, ocorrência de otites, problemas de pele e torção gástrica.
É também aconselhável ter cuidado com a alimentação e exercício físico, já que este é um cão com um peso respeitável que pode vir a sofrer de obesidade. O ideal será que cresça em espaços amplos e que tenha acesso a zonas verdes, apesar de poder viver na cidade, desde que se respeite a sua necessidade de caminhar.
Relativamente à pelagem, as cordas formam-se a partir dos 8 meses, altura a partir da qual, será necessária uma manutenção regular, por forma a preservar o seu ar distinto. Aparar e separar as cordas da camada externa de pêlo do subpêlo, são os truques para obter um pelo bonito e claro, mantê-lo seco também convém, para que não lhe limpe o chão enquanto caminha!